terça-feira, 30 de março de 2010

Não é o fim

Apesar de ter prometido que nunca ia escrever mais para ti, não o consigo fazer, está fora do meu alcance. Pelo menos por agora. Quero-te dizer tantas coisas, algumas ainda não sei bem, mas quero, juro que quero. Gostava de te puder dizer tudo, tudo mas não consigo, contigo nada é igual, o mundo muda a teus pés.

O dia de ontem e o de hoje devem ter sido provavelmente os mais longos da tua vida. Nem tento sequer imaginar o que estás a passar, porque é indescritível... Gostava de te puder dar alguma felicidade, de te conseguir fazer esboçar um sorriso, até podia ser ténue, mas ao menos já era uma mudança no modo de estar, mas sinceramente não tenho nenhuma para partilhar.


Nestes momentos, quaisquer palavras que possamos dizer são pequenas para confortar, a sensação de perda é enorme e sentimo-nos perdidos, mas para isso tens os teus amigos que penso que estão todos contigo e te vão ajudar a encontrar o caminho de volta...

Estamos todos contigo miuda,
Beijinho

domingo, 28 de março de 2010

O principio do fim.

E assim começou, outro ciclo, que insiste em voltar, uma e outra vez, repetidamente,nunca falha e muito menos perdoa. Não vejo, estou cego apesar de ver clara e nitidamente,  não ouço nada além do bater do meu coração e da sua voz a ecoar no meu intimo. Estou com ela, apesar do seu esforço incessante e do meu, mesmo juntos não te consigo tirar da cabeça. Apenas peço, imploro, para me saíres da cabeça quando estou com ela. Mas nem assim, pela primeira vez, estive lúcido com ela na mão.


... Rendo-me, não posso fazer nada, estou inutilizado, como uma simples marioneta ao serviço do seu dono, espero que puxes uma corda, uma simples corda, nem um braço consigo mexer pois continuo a não te ver, a não te ter, a sofrer por te querer e aqui continuo devaneando sem cessar sem me importar com a possibilidade do mundo acabar e eu continuar aqui. Este será provavelmente o meu último devaneio sobre ti, agora serei silencioso, invisível, uma sombra inútil e fútil, não me verás excepto quando estritamente necessário.

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quinta-feira, 25 de março de 2010

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Eu tento, eu juro que tento, mas não consigo evitar, eu sei que sabes do que estou a falar, é mais forte do que eu, não consigo parar.


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Apesar de tudo, encontrei-me perdendo-me.

segunda-feira, 22 de março de 2010

The times they are a changing...

Escolhi como título deste texto, devaneio, "amontoado" de palavras, o título de uma canção do Bob Dylan.

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 Nunca me senti assim, já não me sentia vivo há muito tempo, finalmente senti alguma dor, uma dor palpável e física, mas que era gravada pela minha doentia psicologia ou psiquiatria. Um simples momento, um segundo, um embate, pode-nos mudar completamente tudo, aprendi uma coisa muito importante, a vida pode acabar em segundos para quê perder tempo e desperdiçar o tão pouco que nós temos, não há nada depois do presente, apenas o vazio. Por mais estúpido que pareça, estive no meio do hospital mais preocupado porque ela não me respondia do que pelo meu pé...


Para a Lúcia, a verdadeira heroína nesta história, rest in peace my love

domingo, 14 de março de 2010

Long time.

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Já passou tanto, tanto tempo, desde que não tenho noticias tuas, estou desfeito, não paro de pensar em ti. Não por não saber que não estas bem, porque tu, estas sempre bem, és uma lutadora, mas porque mais uma vez te esqueceste de te lembrares de mim. Não sei onde tinha a cabeça quando pensei que isso ia mudar, serei mesmo um louco com devaneios? Ao ponto de pensar tal coisa... Um dia, um dia.

Não numa noite fria, não num dia chuvoso, mas sim num dia de Sol. Consegui, olhei para o Sol, e só aí consegui saber que estás mais longe do que eu imaginava, mas mesmo que eu não queira, sem mapas, nem GPS, sem bússolas consigo encontrar-te sempre. Sempre que não te quero ver vejo, sempre que te quero ver não o consigo fazer, estarei eu a enlouquecer?!

Inocente e pacientemente, continuo aqui à espera do teu ínfimo esforço, de perder uns segundos comigo, apesar de pouco nem assim às vezes o fazes. Não te julgo, tens mais do que fazer, do que perder tempo a dizer "Lembrei-me de ti.", compreendo, mas não entendo. Só te peço isso, sabes o quão importante é para mim, mas não... e continuas a esquecer de te lembrares de mim. Mais um dia, que nunca mais acabava porque nem sequer começou, espero, aguardo em silêncio, para que a tua voz volte a entrar pelos meus ouvidos e assim, eu volte a acordar.

Para ti, apenas mais um, apenas e só mais um.

quinta-feira, 11 de março de 2010

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Até as estrelas, olha para elas, olha sem medo, vê como brilham para ti, vê como elas brilham para tudo o que fazes, até as estrelas emitem luz porque simplesmente essa luz uns minutos ou anos depois de saírem delas vai incidir sobre ti.

Serás tu uma estrela? O que és? Não serás certamente humana, a forma como consegues captar as atenções para ti, de uma forma tão inocente mas tão ciente. Quem és tu? (deixa-me vê-los por favor :x)

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Mais uma noite, continuo longe de ti, muito longe, mas sinto-te tão perto, está quase na hora o momento de te ter por aqueles segundos que gastas a escrever a mensagem é o suficiente para me manter vivo, apesar de inanimado. Tudo na vida se resume a fracções de tempo, espaços temporais, uma decisão de 5s pode influenciar a vida toda, o levantar ou deixar-se estar sentado pode influenciar, todas as decisões que tomemos levam à grande finalização, a maior e a derradeira, a morte. Para quê o viver a sofrer? Eventualmente todos vamos morrer. Nascer, viver, morrer não foi assim que foi criado o ser humano?

Existe uma palavra que eu nunca te disse mas era a mais apropriada e certa que disse em toda a minha vida, todas as outras vezes que a disse sinceramente, hoje sorrio tendo a noção do quão estúpido era.
Como todas as noites, espero por ti, mas não vens, chamo por ti, mas não ouves, lembro-me de ti e tu tens-te lembrado de mim....

segunda-feira, 8 de março de 2010

(in)certeza

Cada um tem um conhecimento pessoal sobre si, eu por exemplo tenho apenas um medo, mas acabei de descobrir vários, que te aconteça o que quer que seja e o medo de saber que não sei nada. Simplesmente não me imagino, a andar por aqui sem que tu também andasses, talvez esteja a exagerar (normal ) mas imaginem as vossas vidas sem a pessoa que gostam, sinceramente, a mim não faz qualquer sentido existir sem ela existir. Só de pensar ...

Apenas temos uma certeza na vida, a certeza de que tudo é incerto, destino? Também não faz sentido existir, teria a vida piada se já estivesse tudo definido, as nossas acções, palavras, escolhas, actos condicionam os factos, a cada dia que passa tomamos caminhos ou direcções diferentes...Pergunto-me se não estará na altura de mudar o meu...Só tu me podes responder, sim tu, por favor diz-me que caminho deverei eu tomar. Qualquer um, serei apenas um louco com devaneios ou algo mais? Ou nada disso e tudo menos?

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Apesar de cedo, para mim já era tarde, a mensagem nunca mais chegava e eu, e eu, desesperava. Apenas ela me confortava... A noite já raiava e o meu mundo parava, esperando aquele clique, o simples tremer, um ranger, qualquer coisa que me indicasse como ela estava. Finalmente, tremeu, abri, li, era ela, li uma, outra, mais duas ou três, 5 min sempre a ler, "Lembrei-me de ti :)...estou bem" tão poucas palavras, sem nenhum significado, mas que tanto significavam  "estou bem". Apenas isso chegava, meu mundo andava e a minha vida continuava...

sexta-feira, 5 de março de 2010

Desculpa "Esqueci-me de me lembrar de ti"

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E todos os dias, se repete a mesma coisa: desculpa "esqueci-me de me lembrar de ti". Gostava que um dia me dissesses: lembrei-me de me lembrar de ti, estou-me a lembrar de ti agora. Mas é pedir muito. E o cinzento desvanece, escurece e o preto regressa mais uma vez. Pincelada atrás de pincelada intensifica-se.


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Mais uma noite sem estrelas, sem sinal de luz, apesar de o céu estar iluminado e de milhares de candeeiros iluminarem as ruas circundantes. Desta vez não tinha o pedaço de lixo electrónico comigo, estava longe, mas continuava com ele no pensamento, tendo sempre a ideia que poderia ser hoje que ela se lembra-se de se lembrar de mim. Inevitavelmente, o meu olhar repousa sempre no parapeito da janela onde ele está pousado, talvez no meu pensamento consiga fazer antecipar a tão desejada chegada. Cansei-me de esperar e pus-me a andar. Subi as escadas, apesar de 30, parecia apenas 1 a velocidade, o mundo parou e olhou perante a minha corrida desenfreada, só para ver se ela se tinha lembrado de se lembrar de mim, mas não...Desço mais uma vez as escadas, lenta e penosamente, sem réstia de esperança de ao menos ter o mínimo significado para ti...

quarta-feira, 3 de março de 2010

A message

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Noite, nada se passava, o vento soprava levemente e surdamente, o céu estava iluminado por uma lua escura e por estrelas que não se viam, tudo diferente mas tudo continuava inevitavelmente igual. Sentado num jardim, parado no tempo, o único som que se ouvia era o trabalhar do relógio, que incessantemente tentava que o tempo andasse, mas ele não andava...23H marcava, mas nenhum sino tocava. Mas ele vibrou, e um simples movimento trémulo fez o tempo andar e acompanhar o relógio que nunca tinha parado, mas parado havia estado. Li, não acreditei, desliguei, liguei, li, li, li, uma, outra, e mais duas, três, sim era. Uma simples frase, que nada dizia, mas que muito me dizia, que ela estava bem, e isso chegava-me, inevitavelmente isso é o que me chega diariamente, para que dure mais uma noite, para voltar a saber se ela esta bem no dia seguinte, o dia passa, e eu continuo a esperar, pelo vibrar...Apenas para saber se ela está bem.


Apesar de não significar nada, uma mensagem diz muito. Lembrem-se daqueles que por vezes se esquecem, e que eles nesse exacto momento, podem querer saber se estão bem.

...Para ti
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Por fim chegou, chegou finalmente. Não significa nada, mas ao menos lembraste-te da minha efémera existência... E sorri, já não sorria sentidamente há muito tempo, não por ter piada, não por significar alguma coisa, mas por teres-te lembrado de mim, não sei se é bom ou mau e também penso que não é importante.

Obrigado por te lembrares de mim e me teres dado um motivo para sorrir.


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