sábado, 29 de maio de 2010

Morte

Philippe Ariès diz e eu concordo: "Aquilo que é verdadeiramente mórbido não é falar da morte, mas pouco ou nada dizer acerca dela, como hoje sucede. Ninguém está tão neurótico como aquele que considera ser neurótico decidir-se a pensar sobre o seu próprio fim."

quarta-feira, 26 de maio de 2010

"Espera só um segundo"

O título deste devaneio já foi escolhido para um blog, e decidi fazer uma reflexão ou uma "desreflexão" sobre ele, porque é muito sugestivo.


...

A vida é uma caminhada, uma demanda, o que qualquer um de nós quisermos chamar, existem milhares de palavras que se enquadram na perfeição na nossa vida, porque nenhuma vida é igual, cada pessoa toma as suas decisões em segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos, décadas, no tempo que desejarem e tiverem disponível. Cada um é livre de fazer o que quiser, tomando as decisões que quer (exceptuando casos de escravatura humana). Espera só um segundo, uma pequena frase, esperar apenas um segundo, pode ter vários significados um deles é a pedir alguém tempo...Tempo que palavra inquantificavel é impossível dizer quanto tempo existe no mundo, pois nunca ninguém o viveu, e este é influenciado por todos os seres vivos do mundo. Obrigado pelo tempo que me deste, fizeste-me pensar, sim também sou capaz de fazer isso, não tenho qualquer rancor, só quero que sejas feliz, se alguém o merece és tu, depois de tudo o que passaste. Juro-te ao inicio só o simples ver deixava-me, sei lá, não sei explicar, mas agora já não. Odiava quando me sorrias como se nada se passasse, e quando perguntavas o que se passava, eu fervia, até que uma rapariguinha me disse assim: "- Já pensaste que ela se pode estar a rir, para te mostrar amizade e que existe um "mundo" além dela, já pensaste que esse pode ser o motivo porque sorri?" ..Eu quero acreditar que era por isso que sorrias, e sinceramente, acredito. No fim reparei que o "Espera só um segundo" pode ser para mim também, eu precisei de esperar um segundo, muitos segundos e continuo a esperar, até conseguir ter noção que não preciso de esperar mais. Reflexão.
Só te quero fazer uma pergunta retórica...Estás feliz? Se estás, eu também...


Para todos aqueles que não sou um mundo para ninguém, que não têem mundo, nem lugar nele. E para ti pequena Ana que mereces o mundo mas que ainda não o tens...

quinta-feira, 13 de maio de 2010

O que é o amor?

Como tenho feito ultimamente começarei por enunciar as definições da palavra que apresento como título.

Amor - Afeição profunda a outrém, a ponto de estabelecer um vínculo afectivo intenso, capaz de doações próprias, até o sacrifício. Dedicação extrema e carinhosa. Sentimento profundo e caloroso de atracção que um sexo experimenta pelo outro (ou do mesmo sexo, apesar de não o compreender). Apego. Carinho; ternura.Cuidado; zêlo. Pessoa amada, ser amado. Relações amorosas; namoro.



Acho que nenhum de nós está em posição de discordar com alguma das explicações dadas pelo dicionário, visto serem todas verdadeiras. Mas como em tudo na vida, existe sempre alguém que gosta de desafiar o que já está provado, para que um dia esse mesmo caso se torne ideal mundial seja desafiado por alguém que tem uma ideia completamente diferente e pretende que seja conhecida e seguida por todo mundo. Não aspiro a fama, apenas a Paz (palavras tontas de quem se quer alistar na Força Aérea ). De uma simples conversa com uma pequena mas muito grande pessoa surgiu-me uma epifania, pode estar correcta ou errada, mas para mim explica tudo e decidi partilhar com quem lê isto regularmente, que deve ser um pequeno punhado de pessoas.

 Após tantas balelas e meias palavras, palavras inteiras mas meio explicadas, cheguei à conclusão que o amor se resume a outra palavra, uma simples palavra, que todos já ouvimos e dissemos, Sabedoria. Sim o amor é a Sabedoria. Como todos sabem ou deviam saber, o amor começa com o chamado "fraco", um fraco não passa de uma atracção física e de um interesse por alguém, interesse esse que tem tendência a subir assim como uma função que tende para uma assimptota. Conforme ganhamos interesse por uma pessoa, queremos saber mais dela, adquirimos sabedoria e informação da pessoa em que estamos interessado, com o tempo a sabedoria adquirida aumenta conforme nos tornamos mais íntimos com essa pessoa, e como uma droga viciante quando mais sabemos mais queremos saber, então ficamos amarrados a essa pessoa, queremos saber tudo que tenha  haver com ela, ficamos embebidos em enormes quantidades de informação que nos toldam o pensamento e ficamos cegos, só nos interessa saber mais, ter mais para poder saber mais. A sabedoria também explica o porquê de sentirmos falta de alguém, chama-se ressaca, como uma droga o saber gosta de ser trabalhado, na ausência de saber ficamos mal, porque nos descuidamos da dose diária, um simples gesto diferente da pessoa que queremos saber é o suficiente para deixarmos de estar nesse transe, mas como essa pessoa não está chega a chamada saudade, ou ressaca como lhe quiserem chamar. Tudo o que aprendemos, tentamos decorar, tudo mesmo, o nosso cérebro é a máquina mais complexa do mundo, logo é por isto que é difícil esquecer, temos de apagar sabedoria, algo que nos custou tanto a adquirir tem de ser apagado, aí chega o sofrimento...

No final de tudo o amor parte a partir da curiosidade, e da procura a uma resposta...Quem és tu?
Assim mais uma vez explica o porquê dos casamentos longos, a vida é um aprender constante, logo nunca sabemos tudo sobre quem estamos interessados o que preserva a relação...

Apenas mais um devaneio entre tantos na procura da resposta para algo que nunca será respondido..Quem és tu...

terça-feira, 4 de maio de 2010

(Dest)ruir

Destruir - desfazer, tornar em nada algo que existia; converter algo material em pó, cinzas ou pedaços mediante o uso de uma força material ou de uma acção violenta.

Da definição do verbo destruir, discordo de "tornar em nada algo que existia" pois, a existência nem sempre é palpável e material, como se pode destruir o etéreo? Não se pode. Mas o que é certo é que ele foi destruído.


...

Já não te vejo com auras, já não te vejo com asas, perdeste toda a beleza corpórea e áurea que detinhas mas continuas a tê-la. Já não me vez, nem te esforças para o fazer, fechas cada vez mais os olhos numa tentativa agoniante de apagar qualquer registo visual que outrora tenhas guardado, formatas uma e outra vez, mas como um computador, ficam sempre resíduos. Escusas de me tentar formatar, não sou formatável, não sou apagavél essa é a demanda que eu próprio enfrento todos os dias, descobrir a forma de fazer um "delete"à minha memória mas o ficheiro ainda não foi encontrado e a pasta mantém-se oculta, já procurei em todos os discos, mas estão encriptados e não os consigo abrir, um dia tu conseguis-te abrir um deles, mas depressa carregas-te no "quit" e ele assim permanece fechado, à espera que mais alguém tente decifrar o código ... Não te esqueci, não morri, continuo aqui. Trata-me como um ser vivo .


Dedicado a ela por se "Ter esquecido de se lembrar de mim" quando chegou a altura da verdade.