segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A repetição

E, mais uma vez, a história repete-se... Fico sem ela, para outro, também o que ela iria ver em mim? Um fantasma com duas pernas, errante, oco, vazio, cheio de nada, vazio de tudo, um todo e um nada, a certeza da incerteza. É isto a unica coisa que tenho para lhe oferecer, eu dava-lhe o meu mundo, o meu pequeno mundo, o meu pedaço de terra... Mais uma vez sou recusado, mais uma vez renegado, efémera vida, vivida por tão triste alma sofrida, assim a escuridão regressa à nova aurora que mais uma vez acaba por escurecer... E eu pergunto-me o porquê de viver? Para sofrer? Para morrer?

E assim, caminho... sem, com, devido a, por causa de, sim, não ou simplesmente o meu talvez.... Aquele talvez que permanece sempre nas minhas escolhas, a incerteza da certeza que acaba por ser tornar incerteza...E a repetição, uma cassete riscada, sem filme, vazia, que lê uma e outra vez sem nunca mostrar nada...



repetindo, parando, repetindo, parando, a minha vida numa cassete vazia...

1 comentário:

  1. Parabens, adoro a maneira como escreves e como transmites para o papel os teus sentimentos.. acho que estao uns textos muito bons!!! :) bjinh*

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